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- Por que protestante?
domingo, 28 de julho de 2013
E se por acaso em um lindo dia de sol, onde nem a fome, nem
a peste me assolem perguntarem a mim:
- Está tudo bem?
Encherei os meus pulmões de ar e responderei:
- Fora a injustiça social, a fome mundial está tudo bem!
Fora a sociedade corrupta e a desigualdade racial, vai tudo andando, vão
correndo os dias, semanas e meses! Fora a viúva desamparada, e órfão que chora
com fome. É, realmente vai tudo ótimo!
Cegos hipócritas ou dispersos?!
É só isso que conseguimos ser?
Realmente esperava muito mais de você, muito mais de mim!
Esperava mais de uma sociedade que tomou gosto por
manifestos. Sou totalmente a favor de manifestações e protestos, mas muitas
vezes não mudamos nem o que está ao nosso alcance.
Para famintos que nos pedem um prato de comida, dizemos:
-Oh miserável, não há nada aqui para você.
Se somos diferença que nossas atitudes reflitam isso!
Por mais que pareçam duras palavras, tenha certeza que elas
são para mim também.
Precisamos ser inconformados!
♫Aonde estão os inconformados?Aonde estão os desesperados?Aonde estão os “Samueis”, as vozes dessa geração?♫
Já que somos cristãos vamos fazer
com que não seja mais um título nas nossas vidas, que esse “titulo” represente
a nossa identidade, a nossa essência!
Cristo quando
esteve entre os homens foi inconformado, foi protestante #Mc11.17. Mas também
foi misericordioso com o necessitado. Nos evangelhos há várias passagem que
exemplificam isso, mas acho magnífico quando ele toca na lepra, quando ele toca
quem está a margem da sociedade da época #Mt8.1-4.
Sei que
alguns de vocês podem pensar: “Mas Ele (Jesus) era o próprio Deus, era papel
dele ser tão maravilhoso.” Por isso trago agora o exemplo de um homem que foi “O
terror dos cristãos”. Claro que vocês sabem que estou falando de Paulo! Ele
diz: “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar judeus; para os que estão
debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão
debaixo da lei.” #1Co9.20. Trazendo para esse contexto que trato no texto lanço
uma pergunta: Quem já se colocou no lugar de um menino de rua? Quem passou um
dia com um drogado, para ganhá-lo?
Precisamos ser:
Sensíveis à
dor do doente.
Conscientes da
fome do faminto.
E revoltados
com a corrupção dos corruptos!
Afinal temos
que fazer jus ao “título” que recebemos, porque nós somos Protestantes!
Isabely Santos