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- O "silêncio" de Deus
segunda-feira, 31 de março de 2014
Quantas vezes nos deparamos com situações que trazem temor e
ansiedade. Conhecedores da palavra que diz: “Clama e responder-te-ei...”(Jer.
33:3); “Ele me invocará e eu lhe responderei...”(Sal. 91:15); “Antes que clamem
eu responderei...” (Isa. 65:24), às vezes nosso discurso diante de Deus é “Oh,
Senhor, porque te demoras em responder-me?”.
Lembremo-nos que Deus vela sobre a sua palavra para
cumpri-la (Jer. 1:11). Vamos passear um pouco pelo texto sagrado! Vejamos o que
alguns servos fiéis pensaram, fizeram e disseram em situações como esta.
“Depois disto, o Senhor respondeu a Jó de um redemoinho e
disse:...” (Jó 38:1) Depois de ouvir tantas acusações e de ter tirado força de
onde não tinha para se defender, por ter o seu coração angustiado, dentro de um
redemoinho (uma ventania), Jó fica em silêncio e finalmente, ouve Deus. Quantas
vezes damos mais atenção às vozes dos outros ou à nossa própria voz, na
intenção de ter o nosso coração aliviado pelo muito falar e expressar.
“Que fazes aqui Elias?” (1 Reis 19:9) Depois de vento,
terrremoto e fogo, uma voz mansa e delicada
questiona Elias: “ Que fazes aqui?”
Então Elias expôs a situação de perigo de morte que estava enfrentando. E Deus
diz:“Vai. Volta...”. Ao ouvir a voz do Todo Poderoso lembrou-se de que Ele é o Senhor
da vida e que precisava cumprir sua missão, o propósito dele na face da terra.
Mas foi preciso ouvir a voz!
Tão importante quanto falar com Deus, é ouvir Deus, um
diálogo de fato. E quantas e quantas orações permanecem sendo apenas um
monólogo, onde apenas nós falamos. Mas não porque Deus não responde. Ele sempre
responde. Vejamos o exemplo de Daniel:
“Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o MEU
pecado e o pecado do MEU povo... o varão Gabriel,..., veio voando
rapidamente... E disse: Agora saí para fazer-te entender o sentido. No
princípio das tuas súplicas saiu a ordem, e eu vim para to declarar...” (Dan
9:20-23)
Fantástico! Nem tinha terminado de falar e a resposta já
estava diante dele. Ah! Mas às vezes não é bem assim. Não é?!
“E me disse: Daniel,..., está atento às palavras que te vou
dizer,..., porque eis que te sou enviado... Então me disse: Não temas, Daniel,
porque desde que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante
o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras e eu vim por causa das tuas palavras.
Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim 21 dias, e eis que
Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me... Agora saí para
fazer-te entender...”(Dan 10:11-14)
As circunstâncias espirituais contrárias não fizeram com que
Daniel desistisse de clamar e apesar de a Bíblia deixar claro que ele era um
homem sujeito às mesmas fragilidades e fraquezas que nós, ela também deixa
evidente que ele estava atento à voz:“... Contudo, ouvi a voz das suas palavras...”(Dan
10:9)
Paulo, cheio do Espírito Santo, diz em sua segunda carta aos
Coríntios: “Acerca do qual orei três vezes ao Senhor, para que se desviasse de
mim. E disse-me: A minha graça te basta. Porque o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza.” (2 Cor. 12:8-9)
Difícil ouvir como resposta não aquilo que queremos, mas o
que precisamos. Sabiamente, Paulo tomou a mesma atitude que Daniel, de
compreender e humilhar-se perante o seu Deus.
Também não é nada fácil ouvir: “Filha(o), não estou em
silêncio. Eu não deixei de te responder. Também não deixei de falar com você.
Mas você desaprendeu a me ouvir!”
Que reaprendamos então, se for necessário. Que possamos
estar atentos ao apelo do Senhor quando diz:
“Se ouvirdes a minha voz...” (Exo. 19:5)
“Ouve, ó Israel...” (Deu. 5:1)
“Ouve, filho meu...” (Pro. 4:10)
“Atenta para as minhas palavras...” (Prov. 7:1)
“Ouve vós que estais
longe...” (Isa. 33:13)
“Aquele que tem
ouvidos ouça o que o Espírito diz...” (Apo. 3:13)
Que o Santo Espírito de Deus coloque descanso e alegria em
nossa mente e em nossos lábios.
Em Cristo,
Rosineide Bispo Carvalho