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quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Às vezes (muitas vezes) esperar não
é uma tarefa fácil. Às vezes você até tenta fazer correr a dor num texto, mas
as palavras nem sempre são tão amigas. Às vezes você quer escrever, mas tem
medo. Às vezes, às vezes e às vezes – se tornam tantas vezes que você queria
que às vezes fosse diferente. Às vezes você quer acreditar naquilo que é bom e
que lá de dentro lhe diz que vai ficar bem, mas às vezes mesmo o que você
queria é simplesmente o que você queria, mas não tem e nem vai ter, mas tudo
bem, as coisas não são e nem vão são ser como você quer às vezes. E isso
significa que às vezes as coisas podem ser bem melhores do que você imaginou.
Às vezes a luta é tão conturbada dentro de si, que dá vontade de desistir, mas
neste caso se ninguém venceria, se tornaria só uma guerra fria contra você
mesmo. Então, o que fazer? O mesmo que faço todas as vezes. O único refúgio que
encontro todas as vezes. A única paz suficiente todas as vezes. O único
presente todas as vezes. Eu me escondo. Me escondo em tua presença e invoco o
teu abraço, sim, Tu me tomas pelas mão direita e me diz: “Não temas, Eu sou
contigo, tu não estás sozinh@, não te assombres, Eu te sustento, Eu te amo e Eu
tenho um propósito contigo e tudo
coopera para o teu bem...” E todas as vezes, tua voz me acalma.
Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. (Isaías 43:1; 41:10)