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- Uma reflexão
domingo, 23 de outubro de 2016
Na vida, sempre escolhemos aquilo que é melhor para nós, ou
aquilo que é melhor de acordo com determinadas condições, isso é óbvio. Quando
eu quero montar um time de futebol de salão, analiso as características por
posição das pessoas que quero selecionar. Se é forte, rápido, um bom toque,
marca bem, é bom um goleiro, faz muitos gols, enfim, vou sempre escolher o que
acho melhor para cada posição a fim de criar um time competitivo. Geralmente
busco em amigos próximos. Outra ilustração é formação de grupos para trabalho
escolar/acadêmico. São sempre formados pela afinidade com o colega mas também
pela competência de cada um em realizar tal atividade: se é “inteligente”, se
realiza os afazeres, se é responsável, enfim, ninguém quer fazer um trabalho
com irresponsáveis ou que tem alguma dificuldade em realizar o que foi
proposto, a depender da temática.
Conduzindo essas ilustrações para o âmbito da igreja, sendo
ela enquanto instituição e corpo de Cristo, no que se refere a escolha de
pessoas para ministérios, pode-se pensar em coisas do tipo: “Ah, claro que vai
escolher irmão fulano para o louvor, porque ele canta muito bem, além de ter o
domínio de quase todos os instrumentos”; “vão convidar fulano para liderar um
pequeno grupo (ou célula) porque ele lidera uma equipe médica com bastante
êxito”. Ou se pensa coisas de outros tipos como: “ah será ele porque é rico,
tem posses” e etc, etc, etc. Esse “melhor” é decidido pela posição social.
Todavia, quando se diz sobre essas coisas em locais de ascese (busca pelo espiritual),
eu penso no seguinte: Deus vai escolher quem Ele quiser, independente de cargos
a fim não somente de utilizá-lo como vaso, mas também para tratá-lo.
Quando Jesus chamou seus discípulos não foi por causa de
suas posições sociais. Entre eles, havia funcionário do governo, pescador,
enfim ... Ele não escolheu o melhor a partir do que a sociedade representa, mas
sim a partir de designo divino. Assim foi naquele momento histórico e assim é
hoje.
A melhor escolha então, não é através da representação do melhor que a
sociedade impõe, mas sim a partir de uma inexplicável vontade divina. Do
pedreiro ao pastor, todos nós deveremos passar por um tratamento porque somos
falhos e pecadores. Aonde quero chegar com isso? Que a escolha do melhor de
Deus não é da mesma forma que a nossa. Ele não vai escolher o melhor
instrumentista, o melhor líder, mas aquele que se considera um pecador que foi
salvo pela graça, que não merece nada do que tem e que se dispõe a se entregar
de corpo e alma para ser utilizado por Ele e sobretudo, se permite ser tratado.
Samir Santana