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- Religião e Evangelho
domingo, 21 de maio de 2017
A religião cristã está presente na sociedade desde o começo
dos tempos. Depois da morte de Cristo os discípulos tiveram um importante papel
de implantação de igrejas e após Constantino, houve uma certa visibilidade,
mesmo alguns conceitos estando deturpados.
Em conformidade, a história da igreja teve muito sangue e no
período que o iluminismo explodiu, ao falar-se de igreja era como um pecado. A
religião tinha alienado e matado muitas pessoas, literalmente, mas também no
sentido figurado.
A sistematização religiosa em si é algo muito humano, cheio
de rabiscos e na verdade um rascunho do que seria a criação de regras de
adoração a Deus, mas em contrapartida o
nosso Deus nos oferta o evangelho que é a vida do cordeiro perfeito de Deus que
foi nos dado para entendermos como devemos adorar e engrandecer ao Eterno.
Mesmo o verbo encarnado de Deus adora o Pai e fez da sua
vida um modelo, mas ás vezes na posição de filho acreditamos que temos apenas
privilégios, porém Jesus nos traz o conceito de responsabilidade e obediência.
E sobre esse ponto é interessante observarmos o contexto o qual vivia a
sociedade na qual Jesus estava posto.
De acordo com a história, sabe-se que a religião judaica
tinha leis e regras que eram postas por Deus e como filhos dEle aquelas pessoas
deveriam cumprir e permanecer em obediência e com responsabilidades, mas por
saberem que eram uma nação eleita eles simplesmente negligenciaram.
Criaram um
conceito de uma religião e nada mais, o que mata e não faz ressurgir. Um contraponto
interessante é perceber que o evangelho
traz uma mudança de vida e pensamento, saímos da morte para a vida e isso pode
mudar o viver de todos aqueles que estão mergulhados em uma religião sem
sentido de apenas condutas morais.
Quando as pessoas participam de uma religião elas precisam
seguir condutas e regras se não, elas não podem alcançar seja lá o que for, mas
no evangelho percebemos que não é sobre nós! É tudo por Cristo, como Ele se deu
por nós. Tudo é por intermédio da graça que é favor não merecido de Deus. Não
existe o que você faça que possa te levar a Deus, porém podemos nos achegar por
meio do que Jesus fez.
Entretanto, é valido afirmar e demonstrar que a graça não
tira de nós responsabilidades enquanto servos de Cristo, ou seja, não ser salvo
por obras não garante viver-se de maneira desonrosa e sem propósitos, por que
se alguém vive dessa forma, certamente não conhece a Deus.
Na verdade, entender que não há nada que podemos fazer para
nos salvar traz uma responsabilidade muito maior do que somos e do que
precisamos fazer. Um exemplo dessa colocação é posta de forma brilhante no
livro de Timothy Keller, “A fé na era do ceticismo”:
“Se eu fosse salva por minhas boas, haveria um limite para que o Deus poderia me pedir ou me fazer passar. Eu seria como um contribuinte que paga seus impostos, teria “direitos”- cumprido o meu dever, mereceria certa qualidade de vida. Mas se sou uma pecadora salva por pura graça, não há nada que ele não possa pedir de mim.”
Keller exemplifica (por meio das palavras de uma irmã) de
forma brilhante por que a graça não é pretexto para a libertinagem dentro da
igreja (Romanos 6:1-2). Os religiosos certamente poderiam descordar da graça em
alguma de suas implicações, mas sabemos que ela de forma nenhuma dá
legitimidade para viver a vida da forma como se quer. O verdadeiro nascido de
novo é um pecador regenerado que luta diariamente contra as obras da carne.
Em suma, o mais importante na caminhada é reconhecer Cristo
como salvador e Deus como soberano consumador de nossas vidas. Entendendo a
diferença entre a religião cristã e o evangelho. Não se deixe enganar e viva
para Cristo!
Vivendo pela graça e sem uma falsa religiosidade me despeço,
Isabelly Santos