- Back to Home »
- Iky Fonseca »
- Quando não há elevador
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
É sempre a mesma correria. Passos de um lado para o outro,
seguem sua direção em seu próprio ritmo. São passos únicos. Enquanto alguns
escrevem sua trajetória, outros apenas a observam passar. Sempre preferi a
primeira opção, mas meus pés sempre vão precisar descansar. E antes de escolher
outra etapa, sempre virá a indecisão: caminhar outra vez? Ou talvez caminhar
outro caminho? Nem sempre os melhores caminhos são os mais fáceis. Para alguns
lugares altos não há elevador. Mas diante de uma nova escada, pés cansados
sempre vão se questionar. Parece difícil demais, cansativo demais. Há ainda
tantos lugares para ir. Será que realmente preciso chegar lá? Insegura, escolho
dar o primeiro passo, sim, finalmente já estou aqui, mas diante de mim tantos
degraus ainda há. Apegada, dou outro passo, sofrendo por tudo que não pude
levar. Incerta, no meio da escada, não sei se vou chegar. Desconfiada, cercada
de tantas pessoas, algumas dispõem-se a ajudar. Encorajada, prossigo no
caminhar. Cansada, não sei se vai valer a pena, se ainda me restarão forças
para alcançar. Lembro que chegar ao topo, vai meus próximos passos facilitar. Até
- finalmente - terminar. E olhando para trás, me sinto maior. Chegar, me fez ver de outro ângulo. Reconheço cada
degrau, passo, tropeço e auxílio que me trouxeram aqui. E este é só o começo de
outro caminho.
Ósculos persistentes,
Iky Fonseca
P.S.: Voltei! Meu texto virou vídeo! Obrigada pelas contribuições das colegas Ana e Amanda =)
Ósculos persistentes,
Iky Fonseca
P.S.: Voltei! Meu texto virou vídeo! Obrigada pelas contribuições das colegas Ana e Amanda =)