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sexta-feira, 28 de junho de 2013
“Eis que o semeador
saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as
aves, a comeram [...]” (Mateus 13: 3b-4)
Querido Canarinho
Meu doce Canarinho,
Pergunte a seu amigo pardal
Se ele comeu a semente que deixei
No meio do caminho
Pergunte a ele se os espinhos
Foram fortes o bastante
Pra fazer murchar a planta
Que nascia e apontava
Vigorosa e destemida
Sem o cuidado de um carinho
Um dia inda te encontro
E indago sobre as pedras
Que tentaram sufocar
O amor que eu semeara
Tão calma e sem estrondo
Assim, velho Canarinho
Voe alto e busque além
Para sua terna amiga
Onde está a terra fértil
Que dará a seu tempo
O doce fruto esperança
Que como tu em suaves cantos
Nos recordam perseverança
Semeiam também elas
As aves que louvam a Deus
E aconselham: mesmo sem bonança
Semeie, espere e colha frutos teus
Por Aliana Geórgia