quarta-feira, 27 de agosto de 2014
O rio está calmo. Não há vento forte, pessoas, barcos, nem
sinal de chuva. O fim de tarde esculpe o céu num quadro cheio de beleza e paz.
De repente aparece alguém, e correndo, atira- se na água. Outras pessoas se
aproximam. Ansiando o frescor preparam- se para entrar. Nadam, pulam, entregam-
se à vida ali. Ela permanece à margem, olha apenas. Até que alguém do outro
lado acena para ela e a chama pelo nome:
Vem,
levante- se! - ele diz gesticulando.
Não, eu
não sei nadar - meio sem jeito ela tenta explicar.
Ele mergulha. Nada até a outra margem e senta ao seu lado.
Enquanto conversam sobre os significados que o rio traz, ela menciona a
dificuldade que sente em amar. Do mesmo modo que costuma sentar- se a beira-
rio, coloca- se diante das pessoas. O medo de não ser correspondida, de afogar-
se sozinha diante das expectativas não supridas, do frio das
decepções e das surpresas que a correnteza trás, a deixa quieta, distante das
águas, vendo o rio fluir. Não por prudência ou por zelo, mas por medo.
Ele a escuta por um longo tempo. Então, decide contá- la Sua
história. Enquanto relata cada etapa de sua vida, menciona um amor paciente,
que não busca seus próprios interesses, que não deseja o mal, que não se
ensoberbece (#1Co 13:5) e a faz perceber que o amor verdadeiro é contrário à
natureza humana (#Rm 7:19), e, por isso, é natural que ela sinta medo
de amar. Mas se quer aprender a andar em amor, mergulhar nesse rio, não pode
conformar- se com o seu estado atual. #Mt 16:24
O que
fazer? – questiona ela.
Confie em
mim. Vou mergulhar junto com você e não sairei por nada do seu lado- diz Ele.
#Js 1:5.
Confiando, ela entra no rio, mergulha, dá suas primeiras
braçadas. Engole um tanto de água aqui, outro ali, assusta- se com o desconhecido,
ele permanece com ela em cada momento animando- a. Travessias e mergulhos
passam a fazer parte de sua rotina. Eles tornam- se amigos inseparáveis!
Assim como Jesus mergulhou no rio do Espírito, se aproximou
de nós, nos acolheu e com toda a paciência nos acompanha nas nossas travessias
e mergulhos, que possamos nos atrever a amarmos uns aos outros como ele nos
amou.
Avistou alguém a beira- rio?
Mergulhe! Mergulhe no rio do Espírito Santo pelas almas
aflitas!Mergulhe pelos doentes, pelos cativos, pelos sedentos! Mergulhe pelas
famílias!Por sua família, seus amigos, por sua futura família, esposo, esposa,
por seus filhos, por essa geração e por aquelas que ainda virão!
Bárbara Uinan
Bárbara Uinan
