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- Um cabeçudo sem rumo
quarta-feira, 4 de março de 2015
Já fazia um tempo que ele estava andando em círculos. Os
muros eram os mesmos, as esquinas, e até o clima. Aquele labirinto parecia não
ter fim. Por hora ao abrir a geladeira viajava em uma possibilidade do que seria, mais alguns passos em frente ao
PC, alguma ideia do que ter; ligado nas postagens e conversas pelo cel,
ideias e desejos do que fazer. As
opções emergiam em sua cabeça, mas aquele caminho, com as ideias embaraçadas, estava
cada dia mais entediante, sem muito sentido. Cansado, deitou.
Olhando pro céu, se permitiu desligar do mundo. Veio à mente o sofá de casa e a
brincadeira de sonhar, com o controle na mão, em ser um jogador de futebol; a
vontade de ter super poderes; e os carrinhos enfileirados, que tanto o faziam bem. Sem muita vontade de sonhar, outros sonhos antigos surgiam em seu
coração, sem ainda trazer um sentido, para aquelas pegadas soltas.
Ainda ali, largado, viu um coração gigantesco, cheio de
vida, pulsando forte. Planos, sonhos, projetos
saltavam de dentro dele, e tudo
que aquele cabeçudo disse foi: eu quero isso pra mim, eu preciso disso.
Sem saber ao certo o que estava pedindo, olhando aquele
coração tão puro, vivo e organizado, viu dentro dele uma árvore que refletia uma construção, um projeto, um estilo de vida cheio de frutos que geravam vida em outras pessoas. Pediu ao Criador que desse a
ele uma igual aquela. As sementes dela caíram em seu
coração, se enraizaram e o deram fome pela vida, por uma nova vida. O caminho
passou a ter sentido, os passos se firmaram, a cabeça começou a ganhar um rumo,
o que ser, ter e fazer uniram- se a ordem do autor da fé: JESUS.
Shalom!