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- Cuidando da memória
quarta-feira, 1 de junho de 2016
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.”
Mergulhei nas fotos e fatos de um passado que, embora não
pareça, já pode ser chamado de distante. Não que exista um peso demasiadamente
doloroso nos vinte e sete anos que alegremente ostento, mas a mulher de hoje
não era nem um rascunho na menina que há doze anos tinha no Teatro secular um
grande amor e refúgio seguro. Lembrei-me que a Bíblia nos inspira a buscar em
nossas memórias lembranças que tragam aos nossos corações o renovo da
esperança, aquela que transborda no primeiro amor, mas em mim tais lembranças
sempre traziam consigo uma dúvida cruel: será que só resta recordar e não viver
novas situações que alimentem minha esperança?
Não sei se contigo acontece o mesmo, mas o meu processo de conversão foi e ainda é um verdadeiro e doloroso “deixar ir” para que a casa ficasse vazia, e Cristo pudesse entrar para habitar de fato e direito em todos os cômodos do meu ser. Amigos, amores, talentos inegociáveis precisaram ser sacrificados para que minha memória não fosse uma porta aberta entre mim e o lodo onde eu vivia. Cuidar da minha memória, pelo prisma que a Bíblia verdadeiramente revela fez-me perceber que “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3 : 22-23).
A esperança emerge inclusive das memórias dolorosas quando aprendemos a reconhecer o cuidado do Senhor com os que o amam e buscam. Deus não vai apenas esperar que nós encontremos esperança nas memórias antigas; Ele vai nos dar outras oportunidades de construirmos as verdadeiras lembranças que vão ter o poder de encher-nos de esperanças em meio aos desertos e aflições do caminho. Deixemos vir o novo tempo do Pai e seu cuidado diante de nossas memórias; caminhos seguros para irmos com Ele até a vida eterna!
Beijos e Queijos,
Tacila Sousa