domingo, 21 de setembro de 2014

Fazia um sol escaldante, aquele era mais um ano onde a seca rondava o nosso vilarejo. Tudo parecia ressequido e sem vida, os pastos verdejantes já tinham dado lugar a longos campos secos. Peguei um balde e fui procurar por águas, por mais que soubesse que não havia mais poços, enchi o meu coração de fé e fui à procura.

Chegando ao poço seco encontrei um velhinho, desses simpáticos que gostam de contar histórias da sua juventude.

Ele dizia:
- Minha filha, tempos de seca são importantes também. Assim como chuvas abundantes são necessárias, longas estiagens se fazem importantes. Tempos de dificuldade nos permitem valorizar a pequena garoa que vem refrescar o rosto no fim de tarde.

Eu sorri, um pouco sem graça. Mas aquele senhor parecia tão confiante que as coisas iam se acertar, eu, ao contrário, só pensava que a seca devastava os gados e as plantas já haviam secado há muito tempo. Aquela situação não tinha sido vivida ainda por mim, e parecia tão difícil sobreviver a tudo aquilo, quando os rios voltaram a se encher?

Aquele senhor podia não ter muita instrução científica, mas a verdade é que talvez ele fosse o mais sábio homem que eu pude conhecer. Ao ver meio sorriso torto, sem esperança e totalmente sem graça, ele falou:
- Minha filha, tempo de deserto é tempo de cavar poços! Por que veio buscar água tão longe? Essa caminhada desgastante tira o seu fôlego para cavar seus próprios poços!

Ao ouvir aquelas palavras meu coração se misturava em felicidade e confusões diversas. Como poderia eu ter os meus próprios poços? Seria esse um motivo para alegrar o meu coração? Olhava para o céu e não via uma nuvem sequer, as únicas águas que escorriam eram as dos meus olhos.

A fé é o firme fundamento das coisas que não se veem, mas que se esperam. Como esperar por uma coisa que é impossível?

A todo o momento pensava diversas coisas e acho que era difícil ler-me por minhas expressões. 

Então eu perguntei:
- Como o senhor pode se alegrar diante de tanta miséria e escassez? Onde estão as suas esperanças?

Prontamente ele falou:
- Às vezes na vida precisamos ter a paciência de Jó e a fé de Abraão! O meu Deus criou a chuva e criou o sol Ele sabe o bom tempo para todas as coisas, e esse é um bom tempo para cavar poços!

Eu dei um sorriso largo, larguei meu balde e disse:
- Esse Deus fala, e fala através da boca de seus fieis. Acredito nEle e vou tentar começar ainda hoje cavar os meus poços!

- Vá com Deus e não se esqueça de que as chuvas encheram os seus poços!
Por Isabelly Santos

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Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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