Archive for fevereiro 2020

Desânimo

Este é um texto para mim. A vida nos surpreende com desânimos diversos. Ele pode vir como alimento para a procrastinação, como fruto de um depressão profunda, como instrumento de comodismo, como companheiro da desesperança ou como reflexo da frustração. Seja de que tipo for, o desânimo é como um peso, um grande peso que torna difícil demais realizar qualquer tarefa, mesmo aquelas completamente simples. A gente simplesmente não tem vontade de fazer qualquer coisa. Não acreditamos que podemos encarar os desafios da vida ou apenas não queremos. 

Seja sua dor ou sua preguiça que esteja te paralisando, tenho meditado que só há um jeito de vencer o desânimo. Não é fácil e pode ser muito doloroso no começo, mas precisamos ir lá e fazer. Sem vontade, sem forças, sem disposição. Apenas fazer. Nenhuma fórmula secreta, nenhuma dica motivacional. Seja um artigo científico ou uma saída com os amigos, se é algo que pode de algum modo te fazer bem, junte tudo que resta de você, segura na mão de Deus e vai! 

Estou certa que Deus recompensa este esforço. Eu mesma já precisei fazê-lo e posso lhe assegurar que não o fiz na minha própria força.

O opositor do desânimo não é o ânimo, mas a atitude.


Ósculos de pequenas atitudes,
Iky Fonseca
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Rancor

O rancor é um sentimento pesado, casado com a escuridão. O rancor é uma semente de erva daninha, brota rápido em pouco terreno, filham as raízes de amargura. Logo cresce e seus galhinhos entrelaçam-se na mente com a pergunta: "Como ele(a) pode ter feito isso comigo?" Sim, porque o rancor é sempre pessoal, ainda que a possível ofensa não tenha sido. Não demora muita para suas folhas fecharem nossos olhos: não enxergamos as reais motivações e dores dos outros, não compreendemos nada com a devida clareza. Na verdade, não há qualquer clareza ou claridade na mágoa, ela é por essência trevas. E quanto mais toma nosso coração, mais densa e robusta se torna, cobrindo nosso ser com pesada sombra: sombras assustadoras de tristeza, angústia, sentimentos de injustiça e dor profunda, seus espinhos laceram a alma. Já não há como enxegarmos nada: como um muro intransponível, suas horrendas e fortes folhas de falsas verdades criadas no interior de nossa própria razão cobrem todo o cenário. As raízes se aprofundam até enredar nossas pernas, ficamos imobilizados, tudo gira em torno daquilo e nós em torno de nós mesmos, mas precisamente de nossa dor. Nossos pés se posicionam no lugar de vítima e como vítimas, somos os agentes passivos da ação, e na passividade, não há nada - pensamos - que possamos fazer por nós mesmos, apenas sofrermos e (res)sentirmos aquela injúria. Ressentir, como dizia padre Léo, sentir várias vezes a mesma coisa: em nossa memória revivemos a ofensa como um filme em gravação do qual somos os diretores, mudamos os ângulos, as sequências, os detalhes, e seguimos repetindo as cenas, só não temos mais condições de distinguir o que é real do que é imaginário. Por fim, todo este cerco interior nos sufoca e pouco a pouco vamos perdendo o ar, o sentido, o brilho, a razão de ser. Definha-se em vida, alma em decomposição. E para derrubar este resistente parasita, um só machado eficaz: o perdão, outro não há. Seu cortar muitas vezes é barulhento, seus golpes afiados, exige força tamanha, mas põe abaixo a maldição. Mas não caiamos na tolice de cortá-la pelo tronco, ou poderá a árvore ressurgir. Cortemos o mal pela raiz, não nos apeguemos a qualquer justificativa, para que possamos, enfim, reviver.

Ósculos de libertação,
Iky Fonseca
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Quem somos?

Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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