quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Estou com muita vontade de trocar meu celular por um que tenha câmera frontal, afinal quem não gosta de um selfie? Registrar a si mesmo num lugar ou momento legal é a principal tendência fotográfica dos últimos anos. Isso não é de todo mal, porém como toda prática, precisa ser repensada. 

Me chocou descobrir que pessoas morreram ao arriscar-se em busca do "selfie perfeito". Duvida? Busque no Google. Saber disso me fez inevitavelmente lembrar das aulas de Filosofia e do mito de Narciso que tem muitas versões, mas todas com algo em comum: um jovem lindoooo que morre por apaixonar-se por sua própria imagem refletida em um rio.


Será que não estamos apaixonados demais por nós mesmos? Por que amamos tantos os selfies? Por que tanta exposição de nossa vida nas redes sociais? Por que tanto anseio por likes e notificações? O que estamos camuflando? Seria excesso de amor próprio ou tentativa de compensação pela falta dele?

O #work6 me fez ver o mito de Narciso de forma diferente, visualizando-o na perspectiva da busca de prazer em nós mesmos, o que leva, por exemplo, à masturbação, mas ela não é a única. Temos um prazer estranho em expor nossa sabedoria, sobrepondo-a a dos pares. Prazer em possuir muito, ainda que isso custe compartilhar pouco. Prazer no status, seja em larga escala ou apenas em nossos pequenos grupos de convivência. Somos nós no centro da selfie da vida, custe o que custar para estarmos no melhor ângulo.

Bem, o preço pode ser muito alto, porque em nosso "selfishness", transgredimos  os dois mandamentos áureos: amar ao Único que merece o centro de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.30, 31). 

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2 Tm 3:1-5)

Vivemos já este tempo, em que as pessoas carregam as mesma características de Narciso. Não podem ouvir nada que contrarie sua vontade, ajuntam mestres segundo seus desejos (2 Tm 4:3,4), apaixonadas demais por sua própria natureza pecaminosa. Não é de admirar que a palavra Narciso venha do original grego narke (entorpecido), a mesma etimologia de "narcóticos", porque o narcisismo vicia, entorpece, tira nossa sensibilidade de Deus e de nossos semelhantes. Que Cristo nos liberte de todo narcisismo!

Ósculos reflexivos,

P.S.: Vou botar a mesma música do último texto sim!!!! Mas vc só escuta se quiser

Quem somos?

Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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