sábado, 9 de setembro de 2017

Vejo, leio e escuto que uma das explicações sobre o descontrole alimentar de pessoas glutonas, pode ser a confusão que elas fazem entre sede e fome. O fato de não terem o habito de tomar água, faz com que toda sensação de vazio estomacal seja visto como fome e, desse modo, além de desidratadas elas se alimentam constantemente, dificultando o processo de digestão e queima de calorias.  Essa métrica de vazios não identificados e, tentativas de preencher o que não é conhecido a fundo, se aplica perfeitamente aos espaços da nossa existência, onde apenas existe o eco das dúvidas, ilusões, frustrações e porquês sem respostas.
“Um profundo suspiro, fez com que reconquistasse a ciência de onde estava e o que devia fazer. Sozinha, era a primeira vez que fazia as compras do mês. Outrora, ir ao supermercado sem companhia era sinal de que tinha algumas “gordices” pra comprar. Gostava de chegar em casa com o iogurte preferido de sua mãe, pois era uma forma de demonstrar amor e cuidado. Hoje, foco e disciplina eram necessários para comprar tudo que uma casa necessitava, com o quase nada de dinheiro que tinha no momento. Verduras e frutas para se sentir saudável. Café hoje, amanhã e sempre. Frios e a massa de tapioca, afinal, não ia fazer arroz e feijão pra uma boca solitária. Produtos para higiene pessoal e limpeza geral, pois tornou-se a dona da casa. Riu, enquanto escolhia o detergente mais em conta: “pia sem pratos sujos é uma cena poética”, pensou com seus botões. Deu ok nos itens da lista improvisada em um papel qualquer. Ensaiou um segundo suspiro, ao pensar que a vida seria mais simples se existisse um lugar onde comprar produtos que preenchessem os vazios da sua existência, todavia outra coisa chamou sua atenção. Promoção! Seu sorvete preferido, estava pela metade do preço. Diante de dias tão amargos, seu paladar merecia esse mimo. Não hesitou e antes de mudar de ideia, partiu para o caixa. Dispensa cheia e coração vazio. Pelo menos, nos próximos dias...”
O dom de ocupar o espaço vazio que cada humano tem, não é parte do “Kit de Utilidades” que homens e mulheres possuem, logo, nem vale à pena crer na idéia de que temos a metade da laranja, como forma de ocupar locais desocupados no secreto de todos nós. Mesmo que religião seja uma palavra que pressupõe a nova ligação entre o homem e seu Senhor, ela por si só não tem como gerar salvação e encontro, pois muitas, através da religiosidade geram mais muralhas do que pontes, entre Cristo e sua noiva. Ideologias condicionam percepções e escolhas, auxiliam no encontro de grupos sociais equiparando pessoas por pontos de vista, mas não ocupam os buracos do “Eu”. Viajar é um investimento na criação de memórias, contudo é no voltar que muitos se depararam com um circulo vicioso que limita a alegria ao ir, e não ao retornar. Trabalhar, para muitos de nós, é uma simples obrigação isolada do prazer de sentir-se útil e realizado. As baladas estão cheias de indivíduos que escolhem o tempo e o momento, para experimentar e vender um contentamento que não passa das redes sociais e likes virtuais. Aquele final de semana na Netflix, que pode virar semanas e meses dependendo do status profissional e emocional da pessoa, alimentado por chocolates e outras guloseimas faz o tempo passar, mas não coloca a vida no lugar. 


Quem nunca tentou preencher sua existência vazia, através de um novo amor, religião e / ou religiosidade, ideologias, viagens, trabalho, baladas, Netflix e chocolate, mas percebeu no fim que nada disso tem o poder real de ocupar as salas vazias de uma alma sedenta por transbordar?! A completude do humano vem do divino e, essa é uma verdade que não tem como ser contestada.  Busquemos em Jesus Cristo a revelação do Pai. Identificaremos de fato o que nos falta, quando lançarmos o nosso olhar para aquele que nunca nos deixou. As aflições sempre surgiram no aqui e agora, mas a ocupação do vazio que gera o desespero diante da dor, não está em nada terreno, limitado e finito. Eu e você precisamos crer, esperar e entregar, pois:

Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.  Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mateus 11: 27-30).

Beijos e Queijos,



Gratidão ao Guilherme Bandeira, pela liberação do uso de seus cartoons nos meus "Rabiscos de Sábado: Razão x Emoção". Conheça mais deste  trabalho em  https://www.facebook.com/objetosinanimadoscartoon/.

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