quinta-feira, 13 de março de 2014

A música ganhadora do carnaval 2014 já era hit na Bahia antes da festa. O cantor começa contando sua difícil situação financeira:

Ah, eu já não sei o que fazer
Duro pé-rapado, com salário atrasado
(ah, eu não tenho mais por onde correr)
Já fui despejado, o banco levou o meu carro

E aí fica na dúvida se sua namorada ainda vai querê-lo nessa situação:

Agora vou conversar com ela
Será que ela vai me querer?
Agora vou saber a verdade
Se é dinheiro ou amor
(ou cumplicidade)

Mas por que será que a música faz tanto sucesso? Só por que muita gente se identifica com a situação financeira do cara? Penso que não. Hoje mesmo assisti uma matéria em que um terapeuta de casais declarou que a maioria dos casais que o procuravam com problemas no relacionamento estavam em dificuldades financeiras, e essa é também apontada como uma das principais causas de divórcio. É fato que as finanças são importantes para o bem-estar do casal e por isso sempre enfatizamos a importância de começar a se preparar, também nessa área, antes mesmo de arranjar namorad@. É simples calcular: para fazer uma faculdade por exemplo, não leva menos de 4 anos. Já pensou se você espera começar a namorar pra iniciar essa etapa?

Contudo, assim como o autor da música concordo que o amor e a cumplicidade tem que ser maior e mais importantes que as riquezas, para que o casal possa vencer as tempestades juntos. (As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam. Cânticos 8:7)

Só que a música não para por aí e descobrimos o que, segundo ela, é o mais importante e pode segurar o relacionamento: 

(Refrão)
Eu não tenho carro
Não tenho teto
E se ficar comigo é porque gosta
do meu
rá rá rá rá rá rá rá
Lepo-Lepo
É tão gostoso quando eu
Rá rá rá rá rá rá rá
O Lepo-Lepo

Não, não estamos falando de um relacionamento fundado no amor, mas em "fazer amor" (não curto essa expressão, mas isso é outra história). O segredo dessa relação é o Lepo-Lepo. E aí eu vos pergunto (rs), subsistiria uma relação fundada no Lepo-Lepo? Namoros que só continuam se tiver Lepo-Lepo. Casamentos que mais parecem campos de guerra e só se resolvem no Lepo-Lepo. Relacionamentos onde o melhor de tudo é o rá-rá-rá-rá... Diz aí, e quando a impotência vier, quando a libido diminuir? E se algum acidente ou enfermidade impedir precocemente o Lepo-Lepo? Será que ainda vai ter amor e cumplicidade? Rá-rá-rá-rá...

Não vejo tanta diferença assim em um relacionamento fundando no dinheiro ou no Lepo-Lepo. Ambos estão no paradigma da modernidade em que qualquer relação deve contribuir para a autossatisfação, autoafirmação e ganho mútuo, essas coisas vem antes do amor (na modernidade, segundo Mark Rolands). Claro que tudo isso, assim como o dinheiro e o Lepo-Lepo são importantes, mas... O amor vai muito além de tudo isso e só ele é capaz de alicerçar um relacionamento, o amor ação (1 Coríntios 13).

Para finalizar, li recentemente uma reflexão postada por meu amigo Gustavo Pestana (do Eu Escolhi Esperar) em que ele falava do amor e da inutilidade. A gente sabe que ama verdadeiramente alguém quando continua a amá-l@ mesmo quando essa pessoa não pode mais lhe trazer benefício algum. É esse tipo de amor que os pais tem por seus bebês, ou que nos fará cuidar de nossos pais ou futuros cônjuges quando eles estiverem bem velhinhos. Esse amor é muito mais cúmplice que qualquer Lepo-Lepo.

Ósculos santos,

Iky Fonseca

Quem somos?

Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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