Antigamente nossos pais/avós compravam as coisas e elas duravam uma eternidade. Até roupas, sapatos, tudo tinha maior duração, os doces eram maiores enfim... (as coisas eram feitas para durar, mesmo que precisasse consertar, hoje, são feitas pra gerar lucros, vantagens, e não estou falando só de bens materiais). Pois sim... Não foi muito anos depois de comprado que o forno de nosso fogão começou a dar defeito. Para ligar, há toda uma tecnologia de posicionar uma colherzinha na chave com muita habilidade técnica. =P

Toda essa aventura geralmente demanda diversas tentativas, mas um dia desses meu pai tentou e: "Woohoo, o forno ligou de primeira!!!!" Quanta alegria, quanta comemoração kkkkkkkkkk! Então veio aquele incéught (insight celestial) e disse a meu pai: "Está vendo, se o forno não estivesse quebrado, você não comemoraria por tê-lo ligado... Quantas vezes você comemorou por ter ligado um forno na vida?"

Essa experiência simples com Deus me levou a aprender que, de fato, as dificuldades que passamos nos ensinam o valor do que é bom, das alegrias, das vitórias. Se fosse tudo bem todo o tempo, nunca compreenderíamos a alegria do viver. A crise hídrica em minha cidade me fez amar um banho quente de chuveiro como nunca na história deste país. Tempos difíceis, obstáculos, perdas, se fazem necessários neste tempo presente, pois "a tristeza do rosto torna melhor o coração" e "o brilho do sol o tempo todo faz um deserto".

A dor é uma excelente mestre. Ela ensina o que a nossa teimosia não deixa o amor nos ensinar: "quem não vai por amor, vai pela dor..." É triste pensar que precisa ser assim, mas acho que você nunca comemorou por ligar um forno, não é mesmo?

Ósculos agradecidos,

Iky Fonseca