sábado, 10 de fevereiro de 2018

Estou vivendo uma das experiências mais inusitadas da minha história: aprender a dirigir tem sido um tremendo desafio e, como quase tudo em minha “nada mole vida”, vem gerando uma reflexão muito profunda sobre como anda meu relacionamento com Deus. Nessa semana tive minha última aula prática, mas desde o primeiro dia muitas coisas me fizeram pensar que, de certo modo, aquele carro era uma figura de linguagem sobre minha vida. Ainda nas aulas teóricas, fiz parte de uma turma incrível a quão apelidamos de “Cidade Sem Lei”; até hoje temos um grupo e compartilhamos os avanços e temores desse processo para conseguirmos a CNH. Nesse espaço de comunicação fiquei sabendo das características do meu instrutor e, obviamente, criei o meu conjunto de expectativas.


Quando entramos no carro notei pedais para o motorista e no lado do carona, saquei assim que mesmo quando eu estivesse com o volante na minha frente, meu instrutor teria como controlar o veículo e isso me deu aquele alívio profundo de quem realmente, não sabia muito bem o que fazer.  Dia após dia, fui conhecendo quem estava ao meu lado e entendendo que, mesmo dirigindo, não tinha o controle total e justamente por isso, confiar em meu instrutor era essencial! Por um longo tempo, pensei em como seria maravilhoso ver Deus controlando as coisas e me ensinando a dirigir minha vida. Perguntar se devo ir pela esquerda ou direita e, ouvir do próprio Senhor, que na hora certa Ele moveria o volante comigo e assim, aprender que nas curvas do caminho é necessário sinalizar, diminuir a velocidade e manter a calma para fazer e desfazer o movimento do volante; certamente é o tipo de experiência que sempre desejei viver com o Pai.

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.
 João 14:1

Cada um tem suas necessidades frente à fé e a relação com o Senhor. Eu, sinceramente, invisto muito emocionalmente para me entender e respeitar quem os outros tem sido, diante das vivências que constroem seus pontos de resistência e fragilidade. Ninguém é perfeito, fácil e 100% confiante, pois as aflições desse mundo têm tirado de nós espaços do florescer contínuo do crer. As pessoas que conseguem ser mais constantes nessa jornada relacional com o Pai ou que nesse momento, estão vivendo situações onde até nos problemas a fé revela-se como uma certeza, não são a regra da vida. É tão fácil que na tentativa do amar e exortar o outro, acabemos meio que sem querer, tentando empreender um padrão de desempenho perfeito, mas isso não acontece com muitas pessoas... Comigo, também não!

Ainda não sou a motorista que desejo ser, mas tenho tentando usar de generosidade com essa nova situação de aprendizagem. Busco esse mesmo lugar diante do que vejo em mim em outros pontos particulares, inclusive na relação com Deus. Por mais que a Palavra me diga que eu posso e devo confiar, essa constância é muito complicada pra mim, como para outras pessoas. Questões múltiplas representam murros que seguem crescendo, enquanto tentamos transformá-los em pontes que nos aproximam dos braços do Senhor. Quem sabe, nessas situações também possamos aplicar o entendimento de que entre o bem que desejamos e o mal que rejeitamos, muitas vezes é o segundo ponto de observação que acabamos cometendo (Romanos 7: 19)?

Beijos e Queijos,

Tacila Sousa


Gratidão ao Guilherme Bandeira, pela liberação do uso de seus cartoons nos meus "Rabiscos de Sábado: Razão x Emoção". Conheça mais deste  trabalho em  https://www.facebook.com/objetosinanimadoscartoon/.

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