domingo, 19 de abril de 2015

Logo que entrei na faculdade achei um edital falando que precisava de assistentes para a biblioteca achava que por tão pouco tempo de estudo não conseguiria, mas por falta de inscrições consegui a vaga e para minha surpresa fui convocada.

Fiquei muito feliz com a notícia teria a chance de passar boa parte dos meus dias na biblioteca. Desde comecei a ler não parei mais. Comecei na escola com uns 4 anos e meio, precoce para alguns. Mas logo depois me especializei em gibis e depois parti para os livros da casa. Parecia uma traça, mas em vez de saciar a fome de um inseto, aguçava mais a minha fome pelo saber.

Quando completei os 16 anos sabia que o vestibular logo viria, e eu já havia descoberto a minha louca paixão por escrever, então pensei, porque não jornalismo? Mesmo sabendo que morava em uma pequena cidade do interior se fosse meu sonho, logo ganharia asas e voaria alto. Bem metafórico, era assim que via meu mundo! 

Cresci sem vaidade. Cabelos sempre com coques altos, roupas largas, All Star nos pés, e um óculos retrô nos olhos. A minha vaidade sempre foram os meus livros, que por muitas vezes com o orçamento pouco viravam e-books.

Depois te terminar pela décima vez de ler meu livro favorito, apaguei a luminária, tirei os óculos e tentei dormir, mas não conseguia. Os questionamentos sobre a minha existência e o que eu tinha vindo fazer nesse mundo, não me deixavam dormir. Será que a minha sina seria ser uma leitora compulsiva e com questionamentos inexplicáveis? 

Trabalhei na biblioteca durante a minha graduação inteira, e uma coisa que aprendi foi observar as pessoas. Sempre eram as mesmas pessoas que perguntavam sobre os mesmos livros e sempre eram os mesmos livros que estavam sobre as mesas, como se os outros não importassem. 

No primeiro semestre conheci uma menina. E acho que nos tornamos grandes amigas. Nós éramos muito semelhantes. O mesmo gosto literário, o mesmo penteado, o mesmo estilo de escrita. Rápida e direta. Mas tínhamos uma diferença gritante. Ela tinha uma luz. Não é um papo exotérico, ok? Mas sei lá tinha algo que eu não conseguia ter, uma paz, um amor pela humanidade e um livro.

Isso mesmo um livro! Ela sempre pegava aquele livro, cheio de anotações e marcações e sempre dizia, esse livro mudou mais que o meu intelecto, esse livro mudou a minha vida! 

No fundo tinha medo de ser diferente. Tinha medo de ter uma vida mudada. Sabia que as palavras transformavam pensamentos e mudavam convicções, mas mudar uma vida inteira, já era demais, você não acha?

Chegou o esperado dia. Eu ia completar os tão sonhados 20 anos. Apesar de ser bastante tímida, as pessoas tinham um carinho muito grande por mim. Na classe, na biblioteca, no grupo de estudos e na minha casa. Cada um me homenageou de uma forma e na maioria das vezes ganhei um livro novo. 

Nas paredes do meu quarto não tinham fotos ou luzes, mas em todas elas tinham prateleiras cobertas de livros. E eram organizadas de duas maneiras. Primeiro quanto ao caráter leitura pessoal ou cientifico. Depois quanto à cronologia o qual havia lido, sempre achei mais interessante a que ordem alfabética. Lá tinham os primeiros gibis e o primeiro livro da faculdade que consegui ler. Isso fora o meu acervo no computador.

Mas a verdade que nesse aniversário ganhei um livro muito importante.   
Aquela minha amiga, a Annie, me deu um livro e logo me alertou que aquele livro mudaria os meus dias, pude então ter a certeza que ela falava daquele livro! Mas o meu era ligeiramente diferente. Não tinham marcas ou vincos, a capa era preta e o título dizia, Holy Bible, Bíblia Sagrada bilíngue. Porque amiga que é amiga sabe quando a outra está aprendendo um novo idioma. 

Nossa fiquei emocionada com o presente. Ansiosa. Medrosa. Será que eu estava pronta para mudar a minha vida simples?

Disse a mim mesma, “Segunda começo o livro novo!” 

Ao olhar as folhas, vi que não era apenas um livro, mas sim uma biblioteca. Livros escritos em várias épocas diferentes e por pessoas diferentes, mas que em sua totalidade falava de uma coisa. O grande amor de um Pai por seus filhos, que na maioria das vezes nem queriam saber desse Pai amoroso. 

Passado alguns meses vi que o meu antigo livro estava cheio de marcas e anotações. E também que todas as minhas estantes cheias de livros, na verdade estavam vazias. Porque nenhum livro que havia lido tinha trazido vida aos meus dias. Mas a minha Bible sim. Acho que a luz da Annie começou a brilhar em mim. Na verdade, aprendi depois de um tempo que nós somos como a lua. Não temos luz própria, mas assim como o astro noturno reflete o brilho do sol, nós refletimos a luz de Jesus. O Cristo que deu sua vida para que pudéssemos viver. E isso tudo aprendi lendo o livro mais magnifico de todos os tempos, a simples, Bíblia Sagrada.

Isabelly Santos

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Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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