segunda-feira, 18 de maio de 2015

Eu não escolhi esperar. Eu escolhi não entrar nessa zona de conforto gospel. Eu escolhi não pertencer a um grupo que se orgulha em estar solteiro simplesmente porque essa é a motivação da vida deles. Eu escolhi não compactuar com uma falsa espera, que muitas vezes tem seu propósito simplesmente em obter “garantias” de que algum dia será plenamente feliz em seu relacionamento. 

Eu escolhi não acreditar que alguém nasceu para mim. E escolhi não esperar uma princesa, ou algo do gênero. Minha escolha não foi baseada numa “campanha”, ou num efeito viral de vídeos na internet, ou de pessoas que se identificavam por estar numa “espera”, ou ainda em meros modismos. Minha escolha foi realmente minha escolha.

Minha escolha foi simplesmente procurar entender no que eu acreditava. Eu sou evangélico, protestante, beleza. Mas por quê? De onde surgiram essas ideias, quais foram as mentes que pensaram isso? Perguntas óbvias, mas eu não tinha noção de como responder. Eu era um evangélico por conveniência, minha família toda era, amigos também, e, convenhamos, em algumas situações ser evangélico é uma desculpa para não fazer certas coisas. Então minha escolha foi simplesmente cavar o monte de entulho que havia em mim, e tentar encontrar algo que fizesse sentido no íntimo da minha fé.

Passei a estudar a bíblia, estudar um pouco de teologia e da reforma. Afinal, se nós hoje temos doutrinas que seguem pura e unicamente a bíblia, é porque homens lutaram contra o sistema da época deles para mudar o cenário que estava instalado. Lutero, Calvino, John Knox e mais gente boa. Será que esses caras, que investiram grande parte das suas vidas em prol do que acreditavam, estavam simplesmente gastando tempo? Penso que não. Quando começamos a entender as linhas de pensamento deles, e, consequentemente, quando passamos a ler sobre doutrinas que divergem em seus ideais (por exemplo: calvinismo x arminianismo) , a nossa forma de enxergar tudo ao nosso redor muda! Principalmente nossa visão da bíblia. Este conhecimento não mata, nem envenena, nem diminui a nossa fé. Muito pelo contrário, só nos faz cada vez mais ser gratos pela obra redentora de Deus através de Cristo, que nos amou mesmo nós ainda sendo pecadores. Não é um amor que constrange do tipo “poxa, Ele me amou mesmo, que lindo!”, mas um amor que constrange: “poxa, eu ainda não mereço, eu sou uma criatura terrível, minha natureza é pecaminosa, não tenho nem o direito de falar com Deus, em toda Sua santidade e majestade, mas através da expiação do Seu Filho, podemos ter a liberdade de habitar no Santo dos santos! Tem misericórdia de mim, Senhor! Nada tenho para te oferecer, a não ser a minha vida!”. É um reconhecimento mínimo, mas eu não o tinha na época do “EEE”. Mas o que tem isso tudo haver com a questão do relacionamento?

É justamente isso! O relacionamento é um mero complemento! Confesso que já ouvi em sermões do EEE e outras campanhas por aí: “- Devemos ser completos quando solteiros, não somos metades de ninguém.”.  E isso é a mais pura verdade, mas a questão é que as pessoas normalmente não fazem isso. Sabem dessa verdade, mas buscam ser cheias de tudo, menos da Palavra e do Espírito! Percebam a grandeza do que temos em nossas mãos, as Escrituras, o conhecimento disponível, as nossas questões pessoais da nossa própria fé que frequentemente fazemos vista grossa por motivos banais! Quem somos nós para “escolher viver o tempo de Deus”, enquanto temos uma natureza interior terrivelmente depravada, mas ainda assim Jesus nos chama para Ele?! 

Que saibamos reconhecer o maravilhoso plano de salvação entregue a nós, e a cada dia possamos morrer para nós mesmos e nossas questões ridiculamente humanas. E quanto ao relacionamento? Bom, que tal começarmos um sério com o Espírito Santo e as Escrituras?

Presente de Filipe Galvão

Quem somos?

Jovens que escolheram a santidade para todas as áreas de suas vidas, inclusive para os relacionamentos. Acreditamos que a família é um projeto tão importante que devemos investir nele antes mesmo do namoro e do casamento.

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