Você lembra a sensação estranha de ficar sem alguns dentes, em uma fase da infância onde as fotos mostrando as “janelinhas” faziam o maior sucesso?! Minha mãe e irmã faziam de tudo para que eu desse um largo sorriso e elas pudessem fazer um registro de mais uma prova do meu crescimento. Perder os “dentes de leite” representava verdadeiros acontecimentos na minha casa, e na sua também tenho certeza! (Seja por sua mãe que até hoje guarda seus dentinhos em uma caixa amarelada ou pelos inesquecíveis escândalos que você fazia...)

Mastigando algumas circunstâncias, notei que na vida espiritual também passamos por momentos em que ficamos desdentados... “Banguelos”, como diz minha mãe! Nem sempre é fácil partir rumo ao próximo “prato”, existem dias em que os dentes da frente desaparecem e perdemos horas e horas triturando tais refeições, com aqueles que quase nunca usamos. Alguns ainda brincam com a comida ou simplesmente esperam os primeiros sinais de novos dentes nascendo para começarem as tentativas de mastigar, engolir e digerir as iguarias mais indigestas que a vida nos dá.

O exercício de mastigar certamente fortalece os músculos da boca, condiciona a dentição e aperfeiçoa nosso paladar. Não conseguimos evitar as saladas na infância, bem como não temos como fugir das situações em que nossas fragilidades são expostas para nós mesmos. Sejamos persistentes, mastiguemos e façamos a digestão desses momentos com o impulso, amor e até mesmo os “Dentes de Deus”, pois Ele é fiel e nos auxiliará em todos os dias e sabores da vida!  Esperemos com paciência no Senhor, pois os dentes perdidos espiritualmente crescerão mais fortes e resistes e nos ajudarão a cantar e contar as bênçãos do Pai! =]

Beijos, Queijos e Fio dental depois de cada escovação...

Tacila Sousa