quinta-feira, 15 de setembro de 2016


Não, meu mundo não é cor-de-rosa, até porque rosa está longe de ser minha cor favorita. Mas realmente acredito no bem. Você pode me chamar de iludida, inocente, ou qualquer coisa, mas você não pode me roubar o direito de esperar o melhor das pessoas, porque sim, isso é o que espero delas, porque isso que eu quero que elas esperem de mim. Sim, eu sei, eu corro o risco de tudo dar errado e de ter uma grande frustração, mas não porque eu não acreditei em alguém, infelizmente nem todos escolhem bons caminhos, não sou inconsciente, mas todos são "inocentes até que se prove o contrário" e se for provar, não me escolha como detetive neste mundo louco, onde todos inocentes somos de algum modo culpados. 

Não que a inveja não bata em minha porta dizendo que eu não sou tão boa ou tão feliz assim. Não que o ciúme não batalhe por estremecer os alicerces da (auto)confiança. Não que o egoísmo não tente me prender em um quarto organizado e fechado. Não que a desesperança não queira me convencer de que o outro não me quer tão bem. Não que o medo não tente me paralisar a cada alteração na rota.

Mas eu desejo que meus braços sejam alavancas para trazer pra cima, que meu colo seja almofada para outras lágrimas, que meus ombros não carreguem apenas minha própria mochila e minhas mãos aprendam a afagar o corpo mais perto delas. Que meus pulmões encontrem sempre novos ares, sem que meu peito se estufe e meu nariz se empine. Que meus olhos sejam luz e em pureza eu sempre veja aquele que se faz meu irmão - ou não.

Eu prefiro o perdão, ainda saiba que talvez a minha outra face será machucada, prefiro oferecê-la, em dor certamente, não é fácil para mim também, mas sinto que o rancor é muito mais pesado para mim que o carrego. Ele não é uma pedra, não posso atirá-lo para machucar, e ainda que pudesse, eu não poderia deixar de ver que em minha frente Alguém escreve minhas culpas na fugaz areia.

Prefiro ouvir, mesmo sendo grande minha pressa por falar, meu impulso avassalador de expressar, manifestar e reafirmar minha razão. Como é ardiloso o exercício de calar, mas quão grandes lições se escutam.

Escolho olhar o bem, embora minhas pupilas capturem logo o que é defeituoso e diferente, preciso educar meu olhar, fruir cada ser humano como obra de arte de excelência incomparável, cheio de facetas e uma delas certamente me agrada. E nas diferenças, deixar que o outro me ensine a ser melhor de algum jeito.

Decido suportar, suportar em amor e amando, morrer cada dia por quem me faz viver, nos altos e baixos, risos e lágrimas, iras e sorrisos que mantêm meu coração batendo. 

Meu mundo não é cor-de-rosa, mas um dia o mais perfeito amor me permitiu torná-lo colorido e eu não vou ceder à tentação super realista, desconfiada, austera e medrosa de torná-lo cinza de novo. Ainda que alguém me fira, teria pancadas e sangue, roxos e vermelhos, para me dar um pouco mais de cor. É nesse mundo que eu quero viver. Prefiro ter dor, que parar de ver flor.

Ósculos de paz,
Iky Fonseca

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