quinta-feira, 26 de outubro de 2017

"E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas." (Mateus 5:41)


Ser obrigado(a) a caminhar a primeira milha não é nem um pouco confortável. Sim, porque se fui obrigada não é porque eu queria fazer aquilo. Dizem historiadores que soldados romanos tinham o direito de obrigar um cidadão e sua família a carregar suas armas e outros fardos por uma distância de mil passos. Você está ali, seguindo sua trajetória e de repetente: "- Ow, para tudo que está fazendo e venha carregar meu peso e seguir o meu caminho".

Eu realmente não acho esta ideia muito amigável. Andar muito para mim não é uma coisa ruim, eu gosto, mas preferencialmente sozinha ou acompanhada de um bom amigo. Andar um monte com alguém que não desejamos é uma grande renúncia. Mas não poucas vezes eu precisei parar minha vida, mudar minha rota para segurar a barra de alguém. E na verdade, quando lembro das vezes que fiz isso, não lembro de ter prejuízos na minha própria estrada.

Só que o desafio agora é bem maior. No contexto de um sermão (aquele da montanha) em que Jesus ensina como deve ser um cristão, Ele começa a derrubar a ideia de vingança. Ele fala de sede de justiça, mas também refaz o conceito de justiça. Não mais olho por olho. "Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau" e começa uma lista de como reagir àqueles que não nos fazem bem - ou que não são tão bons quanto a gente queria. Uma lista à qual nossa carne não tem a mínima predisposição de seguir. Dê a outra face, dê mais do que ele quer de você, ame, não fuja de quem quer tomar emprestado (meus livros, socorrooooo!).

E ainda tem essa de andar a segunda milha. Mil passos. Dois mil passos. Muitos passos. Não é simples por em risco nossos compromissos, planos e prazos para subjugar-se em amor e perdão às necessidades de outras pessoas. Não, não é fácil continuar andando lado a lado.  Afinal já andamos a primeira milha, já cansamos e pelo visto, não adiantou muito. Agora vem mais uma milha inteira. E não adianta correr, tentar apressar as coisas. É para andar, e andar junto. Sem limites de custos - 70x7!

Mas Jesus não ensina nada sem ter Ele mesmo vivido isso. E se quisermos continuar no Caminho, teremos  paradoxalmente que mudar de rota. Alguns vezes, vai ser necessário passar por "Samarias", voltar à sua parentela e até andar pela via dolorosa. Uma, duas milhas...

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (Lucas 9:23)

Ósculos peregrinos,
Iky Fonseca






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